sábado, 5 de setembro de 2009

Armistice - MuteMath

Tem bandas que, na primeira vez que ouvimos, não nos tocam tão profundamente. Comigo foi assim com U2, Coldplay e, mais atualmente, MuteMath.
Tive a oportunidade de ter contato com os trabalhos deles por meio de uns amigos que disseram que era um som revolucionário, difícil de ser classificado. Pois bem, coloquei no CPU o som do disco de 2006 e esperei acontecer alguma coisa. nada.
Toquei de novo. Nada.
Então, na terceira vez, alguma coisa em Control me tirou da cadeira e comecei a prestar atenção na música deles. O trabalho ficou para depois.
Aliás, uma coisa que se pode dizer do trabalho do MuteMath é que ele não é fácil de se ouvir fazendo qualquer outra coisa. Chama muito a atenção. A bateria, os vocais, letras originais.
Depois pude ver alguns vídeos no YouTube e notei que o trabalho deles é absurdamente performático. O clipe de Typical é louco e divertido, como há algum tempo não via.
Então, a surpresa. Uma música deles no megassucesso de bilheteria Crepúsculo (o filme dos vampirinhos bonitinhos, sabe?). a faixa Spotlight do disco novo: Armistice.
Pois bem... os mesmos amigos me conseguiram o novo disco e eu pude analisar cuidadosamente faixa a faixa e posso dizer que ele amadurece as idéias presentes nos trabalhos anteriores da banda.
O que se nota é um som mais refinado, menos agressivo e mais harmônico, menos caótico e mais alinhado. Mais pop, mas não menos belo por isso.
Não se enganem. A bateria de Darren King continua frenética e onipresente. porém, os vocais e as cordas ganham mais espaço.
Em Armistice se nota uma busca por sons setentistas. Porém, diferente da “onda” que se tem por aí, a idéia não é uma releitura, mas uma recriação, transformação mesmo do som criado. A faixa título, por exemplo, é bastante dançante e tem influência de Soul e Dance músic. Metais sobrando para todos os lados e um desafiador solo de palminhas no início.
Adiante o disco ainda guarda grandes surpresas, como a melancólica Lost Year, onde apresentam seu melhor lado Cold Play e a visceral Burden, que tem um solo de bateria psicodélico (prá variar) do Darren King.
Não dá prá classificar MuteMath como uma banda de rock, pois alia elementos muito mais abrangentes e rotula-los limitaria o alcance que eles têm. Pode-se dizer que é uma banda experimental que trafega tranqüila entre o pop, o rock, o jazz e outros sons, com criatividade e renovação.
Aqui você visita o site deles

Aqui você adquire os produtos (adorei a camiseta do cara de cabeça de bateria!)

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