domingo, 21 de fevereiro de 2010

O Melhor a Semana!

O melhor da semana voltou (quase se torna o melhor do semestre, mas ainda bem que eu consegui um tempo) ! Nesta semana, cinema, quadrinhos, quadrinhos e mais quadrinhos, música e até uma novelinha prá variar!

Divirtam-se!

As Incríveis Aventuras do Pequeno Parker: Junte em um caldeirão Peanuts, Calvin e Hobbes, o Homem Aranha e seu universo e referências aos anos oitenta. Não esqueça de ter um artista talentoso como Vitor Carajé à frente do trabalho. Qual o resultado? As Incríveis Aventuras do Pequeno Parker que, mais que um fanfic, é uma homenagem eficiente, bonita e perfeitamente viável ao amigão da vizinhança Homem Aranha. Cafaggi, brasileiríssimo, é um dos mais talentosos artistas da nova geração de quadrinistas que tem surgido (lista encabeçada por Fabio Moon e Gabriel Bá) no Brasil e se destacado no mundo. Não demora e as historinhas do pequeno Parker estarão surgindo por aí, em outras mídias além da Internet!

Além deste trabalho, Cafaggi participou, também, da coletânea MSP50, que reuniu 50 artistas para homenagear Maurício de Souza e seus 50 anos de quadrinhos. Sinceramente, no meio de gigantes como Laerte, Moon e Ba e outros, a sua história sobre Chico Bento se destaca. Logo teremos uma entrevista dele aqui no Web benção e uma crítica formal, tanto da MSP50 quanto das tirinhas. Por enquanto, convido você a seguir o Blog!

Prá você guardei o amor: O Nando Reis sempre fez músicas lindas. O coração dele transborda nas letras, o que é sensível quando ouvimos composições como Cegos do Castelo ou Me Diga, para ficar nos “Blockbusters” dele. Esta semana, ouvindo a novela das 18h da Globo (Sim! Este crente assiste novelas, e gosta! Inclusive, olhem abaixo e verão algo assustador) me deparei com esta linda canção de amor, cantada, na versão acima, junto de Ana Cañas, uma das cantoras de quem vamos ouvir muito falar (se Deus quiser, mais do que Mallu Magalhães). A música está no disco Dres, do Nando. Vale a ouvida e o pensar!


Genesis de Robert Crumb: E Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, e Robert Crumb veio e o fez mais feio, mas mais real e próximo de nosso entendimento. Esta semana comprei o livro do Crumb e, garanto, vale a leitura e o pagamento de cada centavo. Para os que não acreditam, para conhecer a história e ver um dos maiores ícones dos quadrinhos voltando à plena forma. Para os que acreditam, é como se fosse uma nova fronteira sendo descoberta em nosso entendimento: sem cortes ou firulas, o texto bíblico se encontra integralmente interpretado nesta história que Crumb demorou 4 anos e meio para escrever, entre pesquisa e produção. Fica a sugestão de fazerem um livro dos “Atos dos Apóstolos” em arte seqüencial. A história é tão dinâmica e poderosa quanto o princípio de todas as coisas! Logo Logo, crítica detalhada do Livro aqui no Web Benção!


Sherlock Holmes: Os fãs criticaram. Acharam que a personagem não foi respeitada. Pois bem... Leio os livros e os contos do Conan Doyle desde os meus 12 anos de idade e, devo dizer, que nunca, em toda a minha vida, vi Sherlock Holmes soar tão real quanto na voz de Robert Downey Jr. Não se trata de um filme de ação, apenas, mas de uma homenagem a um herói de outros tempos, que usava o cérebro para derrubar um oponente. Com as características tradicionais do verdadeiro Holmes, que os verdadeiros leitores conhecem (um homem excitado com a descoberta, um Dr. House vitoriano, em busca da verdade absoluta, custe o que custar, misógino, egocêntrico, mas, ainda assim, preocupado com aqueles que o cercam). Faltou mostra-lo viciado em heroína, cocaína e ópio, o que nossos tempos politicamente modernos não permitem mostrar. Para os fãs que reclamaram, vão reler seus livros e ver se aquele Holmes escrito por Conan Doyle não é o mesmo que Downey Jr. tão poderosamente interpretou no cinema!

 

Blog Sonhos de Luciana - Há um tipo de marketing assistencialista nas novelas que eu não gosto. É o Marketing a lá Glória Perez, que mostra, cansativamente, pessoas que sofrem com seus filhos desaparecidos, ou com sua cegueira, ou com alguma outra forma de deficiência e exclusão. Esta forma pedante é fruto de um pensamento de “cumprimento de dever”, como se tivéssemos que suportar aquela exposição da dor alheia para que pudéssemos nos conformar com a nossa dor, tão pequena, se colocada em perspectiva.

Porém, uma nova linguagem está surgindo no assistencialismo na teledramaturgia, e vem pelas mãos do autor Manoel Carlos que, na minha opinião é, hoje, o maior escritor de novelas do Brasil. Primeiro, ele permite que pessoas dêem seus testemunhos reais no final de cada capítulo de Viver a Vida, sua obra mais recente. Vemos cadeirantes, cegos, mulheres abandonadas, ex-moradores de rua, todos eles contando suas histórias. Com uma diferença para o formato Glória Perez. Eles fazem com que nos sintamos bem por eles terem conseguido sair de situações complicadas e vencer. O tom de Manoel Carlos é otimista, prá cima, e não tem nada de assistencialista.

Porém, não foi para falar da novela (que está ótima, aliás, apesar da triste trilha sonora, só salva pelo tema de abertura) que vim aqui, mas para falar de uma outra faceta deste novo assistencialismo. A personagem de Alinne Moraes na Novela, a Luciana, lançou um Blog na novela e ele acabou por se tornar um blog real. http://especial.viveravida.globo.com/sonhos-de-luciana/ é um sucesso de público, visitas e conteúdo, mostrando o dia a dia da cadeirante Luciana, suas lutas, derrotas e vitórias.

Ta certo que o blog peca às vezes nas matérias, como a que fala sobre a infecção urinária que Luciana enfrentou e que entra em uma série de detalhes delicados que, por mais que um paciente conheça, não terá tanta fluência para falar deles, ou os comentários mentirosos, postados pelo próprio blogger da Globo, o que tira muito do realismo da empreita.

O que importa é que é uma voz efetiva na luta dos direitos dos cadeirantes. Parabéns à Globo pela evolução do Merchandising. As novas linguagens estão perfeitas. Mas, por favor, todo mundo com a mesma marca de carro na novela inteira? Eu acho que a Mercedes odeia o Leblon depois de Manoel Carlos...



Amor

Ouvimos falar do amor em músicas, poemas, novelas, histórias de amigos. Vivemos o amor todos os dias, com nossos cônjuges, pais, mães, irmãos, filhos, amigos, namoradas. O amor faz parte de nossa humanidade, e exerce-lo é parte intrínseca de cada um de nós.

Porém, não exercemos o amor em sua plenitude. Nos permitimos viver o amor pela metade, nos contentando com um pouco dele, quando podemos te-lo profundamente habitando em nós. E não apenas o amor entre homem e mulher, mas todas as formas de amor.

Leo Buscaglia é um professor de origem italiana nos Estados Unidos e, nos anos 60, teve uma idéia bastante interessante: ele queria criar uma aula que falasse sobre o amor. Chamou a classe simplesmente “Amor”. ele queria discutir academicamente o assunto mais importante de toda a existência da humanidade, algo que, até então, não era feito.

Se pararmos para pensar, é verdade. Pouco se discute o amor, um assunto realmente importante na vida de todo ser humano. Não falamos sobre isso, não chegamos a conclusões quaisquer que sejam sobre o poder de amar e sermos amados.

A aula de Leo fez tanto sucesso que ele a transformou em livro. “Amor” (Editora Nova Era, 27a Edição - 2009) fala sobre nossos anseios e medos. Fala sobre as dúvidas que carregamos em nossas vidas e que pouco discutimos.

O texto é fluído, sofrendo, apenas, pela fraca tradução da editora, que, parece, não o revisou. Porém, apesar de prejudicada por este aspecto, a história é agradável e leve, não trazendo aspectos técnicos que se discutiria em uma sala de aula. Leo traz para a gente o amor como exercício diário, desafiando-nos a vive-lo sem medidas, ainda que a recíproca por parte do mundo não seja verdadeira.

O fato é que o desafio de amar é a grande aventura da vida. Atrever-se a fazer isso é correr o risco de ser feliz, e, sinceramente, nem todos estão preparados para isso, ainda que isso seja o melhor no final.

O ser humano é triste. Isto está em sua essência, sua natureza é miserável. Seus dias são contados, ele vive doente, buscando ganhar mais, sempre na expectativa, sempre insatisfeito.

Tal estado de insatisfação é a zona de conforto em que vivemos todos os dias. Sair daí não é para qualquer um, mas é necessário para todos. Faz crescer e entender que uma série de coisas não são, na realidade, importantes.

Aliás, o que é importante, na verdade? Leo nos mostra: amar sem medidas, erguendo um brinde à vida e à satisfação de viver! Interessante que o autor tenha morrido 12 anos atrás no dia dos namorados (12 de Junho de 2008). Para que se pudesse comemorar o amor no céu, chamaram o melhor professor.



Deixo, abaixo, uma frase de outro livro deste mesmo autor. “Vivendo, Amando e Aprendendo”

“Os riscos têm que ser corridos, pois o maior risco na vida é não arriscar nada. a pessoa que não arrisca nada não faz nada, não tem nada, não é nada e não se torna coisa alguma. Pode evitar o sofrimento e a tristeza, mas não pdoe aprender, sentir, modificar-se, crescer, amar e viver. Acorrentado por suas certezas é um escravo, privado do direito de sua liberdade. Somente a pessoa que arrisca é verdadeiramente livre”





“Amor”

Leo Buscaglia

Editora Nova Era (grupo Record)

27a Edição (2009)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O Anseio Furioso de Deus

 
Muitas pessoas têm se tornado reféns em suas próprias casas, presas atrás de muros altos, grades, sistemas de vigilância, entre outros artifícios que devolvem a elas a segurança perdida, especialmente nas grandes cidades. Estes e outros problemas da vida moderna têm levado cada vez mais pessoas a se refugiarem também na fé, a buscarem uma religião que devolva a elas a esperança perdida.

Da parte de Deus, o ser humano é o que ele considera como mais precioso em toda a criação. E nada é capaz de separá-lo de seu amor “furioso”. A partir desse princípio, Manning escreve O anseio furioso de Deus (Mundo Cristão), no qual ensina os leitores a viver nesse amor e a confiar em Deus.

Cada pessoa tem a capacidade de tomar suas próprias decisões, têm liberdade para escolher seus caminhos. A isto Deus dá o nome de livre-arbítrio. Por mais que as escolhas pessoais afastem as pessoas de Deus, seu olhar sobre elas não se perde, seu amor não diminui, e ele fará de tudo para encontrá-las e trazê-las para perto de si. Esta é a ideia de Brennan Manning, que utiliza sua própria experiência como exemplo.

A obra fala sobre um relacionamento pessoal de profundo amor com Deus, um amor incondicional, de abnegação, o amor com o qual Deus ama o homem. Deus nos ama e espera que cultivemos uma relação íntima com ele. É para esse anseio divino que Manning desperta e conduz seu leitor.
A imagem que dá origem a essa ideia de amor apresentada por Manning, a qual se faz presente na capa do livro, é a de um barco em alto mar, atingido por nuvens pesadas, por ventos fortes e pelas águas agitadas pela fúria de uma tempestade desenfreada. A analogia se faz entre essa cena de poder insuperável da natureza e a intensidade do amor de Deus pelo homem.  

Ao final de cada capítulo, o autor aponta algumas perguntas e reflexões, cujo objetivo é fazer o leitor parar e meditar sobre o tema tratado. Como consequência, grandes mudanças de atitude no relacionamento com Deus acontecerão.



Sobre o autor

Batizado Richard Francis Xavier, Brennan Manning nasceu e cresceu em um subúrbio de Nova York. Apesar das dificuldades que sua família enfrentou, conseguiu entrar para a Universidade St. John, da qual sairia para servir no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos durante a Guerra da Coreia. De volta à vida civil, Manning tentou estudar jornalismo na Universidade do Missouri, mas seus questionamentos pessoais e a palavra de um conselheiro o levaram a um seminário católico. Em 1960, graduou-se em Filosofia e, posteriormente, em Teologia, pelo Seminário St. Francis. Brennan Manning utiliza suas experiências pessoais e também sua trajetória de fé como fonte para escrever seus livros e ministrar palestras, sempre com o objetivo de comunicar o amor incondicional de Deus em Jesus.


Sobre a obra

ISBN: 978-85-7325-600-0
Páginas: 112
Tamanho: 14x21
Categoria: Espiritualidade
Preço: 16,90

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