sábado, 19 de setembro de 2009

FlordeLis




Sabe qual o medo que tenho dos evangélicos irem para o cinema? fazerem lá a mesma caca que fazem quando estão fazendo teatro.
lógico que há honrosas e belas excessões, mas, em sua maioria, o teatro evangélico é chato, pedante, nada experimental e executado por gente que não tem experiência nenhuma.
FlordeLis parece ser uma parceria entre pessoas cristãs, não cristãs e quase cristãs com o objetivo de contar uma bela história, a da personagem título, que tem uma instituição no Rio de Janeiro que acolhe crianças fugidas do tráfico e de situações de risco.
as músicas são evangélicas. Trilha sonora da MK Publicitá, o que já é um sinal de certa qualidade.
Porém, ainda não vi o filme, só um trailer que tem vontade de ser tocante.
E, então ele é chato, pedante, nada experimental. Mas executado por gente com bastante experiência.
Aliás, parte do filme é composta por depoimentos dos filhos da FlordeLis interpretados por atores como Cauã Reymond, Leticia Sabatella, Alline Moraes (em uma tocante interpretação, diga-se de passagem).
Os diretores não têm um histórico para podermos comparar seus trabalhos. Egressos, um dos catálogos de moda e outro de curta-metragens sem muito destaque.
Mesmo apresentando problemas estruturais, parece-me que o filme tem uma bela mensagem que vai além da evangelização, apresentando a situação da instituição, os menores de rua e os marginalizados da sociedade.
Para evangélicos ou não, FlordeLis parece uma boa opção, que foge do padrão para nos mostrar pontos de vista que não estamos habituados a ver.
Esperamos que seja a abertura de portas para que os cristãos se envolvam na produção cinematográfica.
Vamos ver no que vai dar....

Aqui, o site do filme
Aqui, o site da MK Publicitá, que vende a trilha sonora do filme.
Aqui, o site do ministério FlordeLis

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

House - sexta temporada estréia segunda nos Estados Unidos

O símbolo é da enfermagem e do comércio, mas ninguém é perfeito. Nem House.


Dia 21 de setembro (segunda-feira) “House”, a série mais comentada do momento, estréia nova temporada na FOX americana. O que podemos esperar?
Cheguei à conclusão que, exceto por uma rápida participação em um episódio de Friends, Hugh Laurie não produziu nada de qualidade nos Estados Unidos até House (Stuart Little não vale. Infantil é café com leite). Isto nos faz crer que, até que se prove o contrário, Hugh Laurie é Gregory House.
E isto é o que podemos esperar de House. Preso em um manicômio, tentando se livrar dos fantasmas das temporadas passadas (uma interessante analogia com Scrooge), com o hospital entregue aos seus antigos alunos, o que podemos imaginar que o médico passará?
Creio (alarme de conjectura sem fundamento científico) que ele repassará, ao lado dos fantasmas, alguns dos problemas que enfrentou. Perdeu Amber, perdeu Kutner e está prestes a perder a si mesmo para a loucura.
A pergunta é: será que podemos confiar nos diagnósticos do médico?
Li algumas entrevistas de Hugh Laurie, dos produtores, visitei o ótimo Blog que a Universal Channel mantém sobre a série (se dispuseram a discutir com os leitores o valor do Spoiler! Parabéns aos organizadores pela ousadia!) e vi que a insanidade será um assunto bastante forte nesta temporada. E a pergunta acima será discutida episódio após episódio.
Quanto aos outros? Coadjuvantes de luxo, um elenco de primeira que faz valer ainda mais o assistir a esta série.
A 5ª temporada foi uma das mais intensas e interessantes, o que nos fez acreditar que o médico está realmente voltando às boas do início da série, quando seu sarcasmo nos transmitia uma sensação de liberdade moral que muitas vezes gostaríamos de exercer. Como uma metralhadora verborrágica, House lança sobre os que o cercam exatamente os sentimentos que gostaríamos de lançar sobre os nossos convivas.
Podemos, sim, esperar novidades de House. Porém, não são, sinceramente, necessárias. Este é o mais do mesmo que agrada e até supera nossas expectativas.
Para maiores informações sobre a série, visite o site do Universal Channel

Prêmio Portugal Telecom de Literatura apresenta finalistas

Foram anunciados os 10 (dez) finalistas e o Júri Final do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa 2009. Dessa lista serão eleitas, as três obras vencedoras da 7ª edição do Prêmio e a divulgação acontecerá na noite de 10 de novembro, em São Paulo.
Foram classificados livros dos escritores brasileiros: João Gilberto Noll, Nuno Ramos, Lourenço Mutarelli, Eucanaã Ferraz, Silviano Santiago e Maria Esther Maciel– e dos escritores portugueses – António Lobo Antunes, Gonçalo M. Tavares, José Luis Peixoto e Inês Pedrosa.

As 10 obras finalistas foram selecionadas por onze jurados e quatro curadores que, em votação individual, também elegeram o Júri Final. O anúncio foi feito na presença do Cônsul Geral de Portugal em São Paulo, José Guilherme Queiroz de Ataíde, do presidente da Portugal Telecom no Brasil, Shakhaf Wine, de escritores, editores, livreiros e professores.

Ao serem anunciadas as obras finalistas, Shakhaf Wine ressaltou os motivos que levaram a Portugal Telecom a criar o Prêmio:

“A Portugal Telecom tem como um de seus pilares estratégicos a sustentabilidade e acreditamos que não se deve focar apenas em aspectos eco-ambientais e sociais, mas também culturais. O Prêmio de Literatura é uma homenagem à criação literária contemporânea e busca contribuir para manter nossa língua dinâmica e relevante,” afirmou Shakhaf Wine.

Para falar sobre os 10 livros finalistas foram convidados: o crítico literário e ensaísta Luiz Costa Lima, o jornalista e escritor José Castello e a professora Maria Lucia Dal Farra. Eles explicaram o contexto de cada obra selecionada, destacando na narrativa, os personagens e as referências literárias escolhidas por cada autor.

10 finalistas

Lourenço Mutarelli
Cia das Letras

Inês Pedrosa
Alfaguara Objetiva






 
João Gilberto Noll
Record







 Aprender a rezar na era da técnica
Gonçalo M. Tavares
Cia. Das Letras

José Luiz Peixoto
Record

Eucanaã Ferraz
Cia. Das Letras






 
Silviano Santiago
Rocco

Nuno Ramos
Iluminuras

Maria Esther Maciel
Cia. Das Letras

Antonio Lobo Antunes
Alfaguara Objetiva

Júri Final
Antonio Carlos Secchin, Beatriz Resende, Benjamin Abdala Júnior, Leyla, Perrone-Moisés, Regina Ziberman, Sérgio Sá

Curadoria
Flora Sussekind, José Castello, Maria Lúcia Dal Farra, Selma Caetano

Premiação
O Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa contempla os três vencedores com R$ 100 mil ao primeiro colocado, R$ 35 mil ao segundo e R$ 15 mil ao terceiro.

Agradecimento especial a Portugal Telecom e a A4 Comunicação

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Os links nos títulos dos livros levam a críticas, páginas de editoras, livrarias, etc. Todas as dez obras merecem ser lidas e comentadas, mas destaco o trabalho de dois brasileiros: João Gilberto Noll (cujo Harmada foi marcante em minha juventude, e não é seu melhor trabalho) e Lourenço Mutarelli, que tem se destacado por conta de sua prosa cinematográfica, que dá imagens vivas às palavras.

No mais, um comentário interessante. Notem que a Cia. Das Letras é, realmente, uma fábrica de grandes autores, dominando a premiação com quatro obras, seguida por Alfaguara e Record (dois livros cada) e Rocco e Iluminuras (um título cada).

Quando sair o resultado pode apostar que postaremos aqui!




quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Genesis - Robert Crumb

Robert Crumb escreveu a bíblia. Ta certo... ele não escreveu a bíblia. Nem o gênesis, para ser exato. Na verdade, ele deu um rosto em quadrinhos para o gênesis, respeitando palavra por palavra do texto original.

“Peraí, João Thiago... quer dizer que o cara que é o ícone maior da contracultura dos anos 60, criador do ‘Fritz, the cat’, revolucionário por natureza pegou o texto bíblico do gênesis e o respeitou, criando uma obra da 9ª arte?”

Exatamente.

O que achei disso? Quando ouvi dizer uns anos atrás que ele estava trabalhando neste projeto, sinceramente pensei comigo: “isso não vai dar certo” (não necessariamente nestas palavras).

Ele trabalhou as mais de duzentas páginas do projeto em 4 anos, dando formas generosas a Eva, uma barba comprida e um olhar austero para Deus e cabelos longos e enrolados para Adão.

O texto foi respeitado, mas a ironia nos desenhos de Crumb é fortíssima. Não como falta de respeito, mas como uma análise pessoal do livro em que se baseou, imprimindo sua personalidade a uma história que atravessou os milênios e domina as maiores culturas monoteístas do mundo.

Obras como a de Crumb são necessárias para abrir nossos olhos para o quão superficial nossa fé pode se tornar. Discutir o valor artístico da obra é irrelevante. É um trabalho de Crumb, o que, por si só, já é um atestado de qualidade mais que suficiente. Seu valor histórico? Desnecessário. É a história mais conhecida do mundo e mesmo outras culturas, que não a judaico/cristã/muculmana a conhecem. Seu valor religioso? Crumb não é teólogo e sua visão da bíblia não tem valor como pesquisa teológica séria, por mais que ele tenha realmente pesquisado para escreve-la.
De certa forma, a visão de Deus é marcada por nossas histórias de vida, e quando não nos aproximamos dEle, geralmente, nossa própria história torna-se triste, o que nos faz acreditar que Ele é mau, ciumento e legalista, como a maioria das figuras paternas que povoam nossas mentes são.

Apesar da visão contaminada, Crumb faz um ótimo trabalho. Nada conservador, mas respeitoso. Irônico, mas demonstrando, por meio de sua ironia, a vontade de conhecer mais de Deus.
E que o desafio de Crumb seja um verdadeiro "haja luz" para o tão pálido diálogo cristão dos últimos tempos, marcado pelo conformismo e pelo conforto.

 
Para ler entrevista do autor para a Folha de S. Paulo, clique aqui

A HQ será lançada nos Estados Unidos em Outubro e deve sair logo depois por aqui pela Conrad Editora. Para acessar a loja virtual da editora, clique aqui.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A Bíblia do Pregador



Muitas vezes acontece de sermos pegos de surpresa para pregar a Palavra de Deus. Nestas horas eu, pelo menos, que não gosto de repetir uma pregação, preciso do máximo de recursos possíveis e imagináveis para escrever um esboço e permitir que o Espírito Santo conduza a preleção.
E se parte do trabalho já estivesse feito? Com qualidade, profundidade, base e oferecendo liberdade total para o palestrante poder tratar dos assuntos relacionados ali. Se houvesse um recurso assim, todos os pregadores o utilizariam.
As bíblias de estudo oferecem grande arsenal de informação sobre as passagens bíblicas. Cada vez mais específicas, tratando sobre assuntos cada vez mais próximos de nossa realidade são recurso ideal para o pregador pós moderno.
Porém, uma me chamou bastante a atenção, e tornou-se minha atual bíblia de estudos.
A “Bíblia do Pregador” (2009 - SBB/EEE) reúne duas ótimas obras à bíblia sagrada na tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada: Os livros “Mil esboços bíblicos” e “Mais mil esboços bíblicos”.
Muitos pregadores preferem fingir que não precisam de auxílios técnicos para preparar mensagens, mas, como pregador e escritor, garanto que ter idéias organizadas na sua frente já é meio caminho andado para permitir que o EWspírito Santo aja por meio de nossas vidas.
Então, se você é um pregador, prepara mensagens ou se quer, simplesmente, simplificar sua compreensão da palavra de Deus, vença o preconceito existente contra os esboços preparados por outros pregadores. Esta bíblia é instrumento para a glória de Deus, assim como nós, que somos apenas portadores de uma mensagem que não é nossa.

 
Recursos
• Introduções aos livros da Bíblia
• Notas textuais e referências cruzadas
• 1.867 esboços para sermões e estudos
• Concordância temática
• Cronologia bíblica
• Tabela de pesos, moedas e medidas
• Mapas coloridos
Clique aqui para adquirir

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sobrenatural - Marcos Witt

Congregacional não é a palavra mais certa para definir o novo CD de Marcos Witt, Sobrenatural, lançado pela gravadora Canzion, que agora também está no Brasil, e gerenciando os lançamentos no país.


Pentecostal talvez defina melhor. Gravado em Bogotá, na Colômbia, Sobrenatural é o registro da apresentação do ministro no Parque Simon Bolívar. Show ao vivo, louvorzão.


A música de Marcos Witt é marcada pela adoração e fé em um Deus sobrenatural. A idéia de um Deus que está acima de todas as dificuldades é tratada de forma coerente ao longo da obra.


Uma das dificuldades que eu julgava que teria era a diferença lingüística. Cantando em espanhol, talvez Marcos não atingisse tão profundamente o coração brasileiro. Ledo engano. A música é uma linguagem universal, que atravessa barreiras lingüísticas. Há congregações, inclusive, que usam músicas de Marcos Witt em sua liturgia, adaptando-as para o português a fim de alcançar os membros.


Listar os melhores momentos do disco é difícil, mas vou tentar.


A curiosidade da Cúmbia, ritmo caribenho presente na música “Derrama de tu Fuego” e na Bônus Track “Amor Eterno”. Com batida bastante característica, têm potencial para entrar nas igrejas pentecostais pegando irmãzinha rodopiando e tudo.


Ouça a versão “Poderoso Dios” feita da música do Pastor Antonio Cirilo do ministério Santa Geração. Enquanto Cirilo é extravagante, Marcos Witt faz uma versão um pouco burocrática, mas não menos graciosa. Atente como a música no início parece que será uma coisa e depois cai para outro lado, mais intimista. A sensação, na primeira vez que ouvi, me deixou um pouco decepcionado, mas, ouvindo depois, entendi o sentido da surpresa.


O medley que abre o disco: “Desciende Aqui” e “Es Aqui, Es Ahora” são poderosas, canções de júbilo que congregam a igreja. a introdução de “Es Aqui Es Ahora” é “Born to be Wild” total e depois cai para um pop prá pular alto na igreja.


“Muevete” é, junto de “Se Puedes Creer”, uma das melhores faixas do disco. Pop do início ao fim sem perder a batida pentecostal, a distorção da guitarra parece coisa do The Cure. Toca no fundo da alma, sem deixar de ser alegre.


“Se Puedes Creer” tem um órgão que nos transporta para o interior de uma igreja batista negra no Missouri ou algum outro estado do sul dos EUA. A melhor palavra para definir a música é tocante. A delicadeza só é quebrada pela bateria, que poderia ser mais leve. O destaque deveria ser no órgão. A música é maravilhosa e Deus realmente fala por meio dela.


“Sobrenatural” é a faixa título do disco e é linda. Profunda, grandiosa, lança os olhos para o alto, onde está Deus. Músicas que te levam a olhar para cima, contemplar e adorar a Deus têm ficado cada vez mais raras no mercado “especializado” da música evangélica,e esta é bastante contemplativa. Este é o papel da música cristã: adorar a Deus, e esta música resume muito bem como isso precisa se dar em nossas vidas.


No mais, ouça alto, aprenda espanhol e vá conhecer este artista que ultrapassa barreiras lingüísticas com sua arte e alcança o coração de Deus. Marcos Witt é o maior adorador latino da atualidade e não é à toa. O disco tem um tratamento primoroso. A gravadora escolheu muito bem o disco para entrar no mercado brasileiro.


Ah... fiquei sabendo que ele já cantou em português. Procure os discos “Venceu” e “Deus é bom”. Agora que a Canzion está no Brasil, será que poderemos ver Marcos Witt cantando em português novamente? Seria uma experiência realmente marcante ouvir “Muevete” e “Sobrenatural” em português.


My Space de Marcos Witt
Informações sobre a CanZion Brasil aqui
Informações sobre a Lidere Brasil aqui

Salvos da Perfeição


Não sei se você já teve esta sensação. Diante de alguém que fala mal de algo que você ama você fica sem reação por que, no fundo do seu coração, você sabe que a pessoa está certa e, por mais que te machuque, você não pode fazer nada, pois concordar com os fatos é mais forte do que sua própria vontade.

Tive esta sensação ao ler “Salvos da Perfeição (2009 – Editora Ultimato) de Elienai Cabral Júnior. Ele, filho de pastores, cresceu “na fé” e conhece a igreja por dentro. Porém, não fala de bastidores sujos, mas de uma realidade ainda pior.

A igreja falhou.

A igreja falhou em sua missão de alimentar os famintos, curar os enfermos, dar liberdade aos cativos.

E por que ela errou?

Por nossa causa.

Nós, que não fomos atentos à palavra de Deus e a força da sua vontade. Não entendemos o que Ele nos dizia e criamos uma imagem de Deus diferente do que Deus é de verdade e Elienai entende que fizemos isso.

Sua crítica é concisa e objetiva. Cáustica por vezes, mas sempre sólida e consistente, o que faz com que seja ainda mais dolorida. O livro é contemporâneo, falando de como os nossos problemas pessoais influem em nossa visão de Deus e em nossa interação com a instituição Igreja. Elienai nos mostra o quanto falhamos conosco mesmos enquanto não entendemos que não somos perfeitos, mas humanos, cheios de falhas, e que, exatamente por isso, Deus nos ama mais que tudo.

Jesus, para o autor, não é apenas um interventor de Deus no meio da humanidade. Ele é a própria humanidade de um Deus perfeito, que se faz imperfeito para se assemelhar a nós e nos levar de volta até ele.

Não é leitura fácil. Elienai desconstrói a igreja, Deus, Jesus e, por fim, nós, que pensamos na perfeição como sendo a nossa meta. Desconstrução é um processo longo, árduo e apenas permitido aos que têm a capacidade de olhar a vida por diferentes ângulos, sem preconceitos e abertos a novos paradigmas e pontos e vista.

Para mim, a leitura foi um parto. Um parto de uma nova visão de igreja, mais próxima do que Deus definiu que ela seria. Mais próxima de cumprir seu papel de diminuir o sofrimento na terra. mais próxima da felicidade.
Salvos da Perfeição
2009
Editora Ultimato
Autor: Elienai Cabral Junior

Para comprar, clique aqui

Acesse o Hot Site do livro

Acesse o blog do autor

Lady GaGa Sangra!

Lady GaGa em momento Sailor Moon (ou Ragnarok?)

Sabe a Lady GaGa? É... aquela cosplay em tempo integral? Pois é... descobrimos no último VMA que ela sangra, e não sangra pouco. Com uma apresentação bastante ousada, ela sangrou no palco, sumariamente vestida de personagem de Anime, os desenhos animados japoneses.

Apresentações impactantes no mundo da música e da arte em geral não são moda de hoje. Veja Ozzy comendo morcegos (o cara alega que foi um engano, mas como se enganar com um morcego vivo na sua mão?), o Gene Simmons cospindo fogo, ou, no Brasil, o Secos e Molhados com suas saiazinhas de juta e suas caras pintadas.

Interessante que Ozzy e Gene, para continuar com suas apresentações pitorescas e o grotesque de suas personas, passaram a apresentar as famílias na TV em edições de “irreality-shows” contando suas vidas prosaicas. Não demora e, com certeza, Ney Matogrosso aparece com uma modinha destas. Até Steven Seagal tem um irreality só seu!

Lady GaGa é uma menina (ou talvez menino, pois se diz hermafrodita) que se veste engraçado e canta umas musiquinhas de pista de dança. Tudo muito bonitinho, doce e inocente.

Até que ela joga um líquido vermelho no próprio peito e simula um enforcamento no palco.

Você sabe que é de mentira, mas é surreal. É como ver um ursinho de pelúcia atirando na própria cabeça, ou uma Barbie cortando os pulsos. É algo que não assimilamos quando vemos. Há um delay.

Até dentro do absurdo esperamos coerência, coisa que Lady GaGa não ofereceu. Aliás, coerência é algo que os artistas atuais não oferecem para ninguém.

Você espera que Keith Richards venha a fumar as cinzas do próprio pai, ou que Iggy Pop role no chão sobre cacos de vidro. Até Marylin Manson você imagina fazendo sexo oral em si mesmo.

Isto faz parte deles, é parte de seu Mise en cene. É muito “deles” fazer isso. Porém, Lady GaGa está querendo estabelecer algum novo patamar: o patamar dos Killer Pupetts, como aqueles bichinhos bonitinhos das vinhetas da MTV (as vinhetas da MTV, aliás, adoram estabelecer novos parâmetros).

Se você sabe quem você é e onde sua música pode chegar, maravilha, que legal, pode fazer o que quiser no palco, desde que faça sentido. Porém, se você está tentando estabelecer um parâmetro para você mesma, então, tome cuidado. Há coisas que não aconselho e se enforcar e se cobrir de sangue no palco é uma delas.

Assim como dizer que “beijou uma mina”, como diz a outra, mas aí é outra história.
Para assistir à polêmica apresentação, acesse aqui.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Exposição de obras de Henri Cartier-Bresson comemora o ano da França no Brasil

Foto de Henri Cartier-Bresson
O Sesc São Paulo, em parceria com a fundação francesa Henri-Cartier Bresson, promove uma exposição fotográfica com seleção de cerca de 130 das melhores obras de Cartier-Bresson, ampliadas sob sua supervisão e oriundas da agência Magnum Photos, criada por ele em 1947.

A curadoria da mostra, a ser realizada no Sesc Pinheiros, é do fotógrafo e jornalista Eder Chiodetto, com produção da Escamilla Produções Ltda.


Haverá também o lançamento do livro “Henri Cartier-Bresson – Fotógrafo” pela editora Cosac Naify e um ciclo de debates denominado “O Momento Decisivo Hoje” que contará com a participação de especialistas franceses e brasileiros.

Exposição de fotografias em paralelo à mostra principal, abordando a presença da estética bressoniana no fotojornalismo brasileiro, trará cerca de 30 trabalhos de fotógrafos que atuaram nas Revistas “O Cruzeiro” e “Realidade”, entre outras, tais como Flávio Damm, Thomaz Farkas, José Medeiros, Alécio de Andrade, German Lorca, etc.

Distribuição de folders didáticos com explicação sobre a importância da obra do fotógrafo e reflexões sobre algumas de suas fotografias.
Serviço
SESC Pinheiros
17 de setembro a 22 de novembro no SESC Pinheiros em São Paulo (SP)
Rua Paes Leme, 195
Pinheiros - São Paulo (SP)
Tel: 11 3095-9400
terça a sexta, das 13h às 21h30, aos sábados, das 10h às 21h30 e domingos e feriados, das 10h às 18h30
 
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As imagens de Henri Cartier-Bresson, junto de Robert Capa e outros fotógrafos ddos anos 20 aos 40 transformaram a visão que temos de fotojornalismo, criando parâmetros para artistas (fotojornalista tem que ser artista, não pode ser diferente) criarem suas linguagens.
 
No Brasil, nomes como Araquém Alcântara e Sebastião Salgado, bem como diversos nomes que estão relacionados na matéria foram fortemente influenciados pelo francês. Seus conceitos de criação baseados em tecnicas de pintura em em captação espontânea do momento são marcos definitivos na fotografia mundial.
 
Esta exposição promete ser uma oportunidade única de ver ampliados os trabalhos deste grande artista.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Bíblia de Estudos da Liderança Cristã

                                
Em nossa caminhada acabamos descobrindo aptidões que podemos desenvolver em nossas personalidades e demais áreas de nossas vidas. A ajuda de mentores, leituras, aulas, cursos, experiências, tudo contribui para que venhamos a aprender. Este é o caminho natural, o homem é um animal que aprende, e, quando gosta de aprender, acaba se tornando outra coisa melhor: o homem se torna um animal que lidera.

Aprender é a característica principal para um líder. Aprender de todas as formas, desde com vitórias pessoas, erros, acertos, etc. meu pai diz que a melhor forma de aprender é com os erros dos outros, mas nada como errar um pouco para crescer e evitar os erros no futuro. O exemplo sempre será a melhor e mais completa forma de aprender, pois exige interação e atenção, gerando unidade e força.

Líderes não são homens perfeitos. Ao contrário. São, em linhas gerais, os que mais assumem erros, tomam responsabilidades. Líderes são humanos que aprendem, humanos que erram, mas que buscam se aperfeiçoar continuamente.

Dentro da igreja não é diferente. Líderes eclesiásticos decepcionam também. Porém, isso não faz deles homens piores. Ao contrário. Seus erros nos fazem entender que a qualquer um pode ser dada responsabilidade. Ou seja: os erros dos líderes nos fazem enxergar que podemos nós, também, um dia liderar.

A esperança da liderança é algo que alimenta os corações de executivos em empresas, estudantes em salas de aula, jovens em grupos de amigos, cristãos em igrejas, etc. em todos os grupos, de forma natural, líderes surgem, são confrontados, derrubados, reerguidos, lidam com a dor e com a alegria de liderar.

Existem várias formas de chefiar, mas apenas uma de liderar. E é desta liderança que a Bíblia da Liderança Cristã, com comentários de John Maxwell (SBB – 2007) fala. A única forma de liderar que existe: a forma de Jesus: liderar servindo.

Por toda a bíblia, vemos exemplos de líderes corretos e incorretos, que serviram ao seu país, seus amigos, seu grupo, a estranhos, a conhecidos ou a seus próprios propósitos. Reis que se dedicaram a uma causa, a um Deus ou à própria ganância. Características como amor, ódio, dedicação, desleixo, empenho, preguiça, doação e negação constantemente são apresentadas. Homens são apontados como bons ou maus exemplos para nós. Ocasiões são comentadas para que aprendamos com elas. Transparência contra obscuridade, sugestão contra imposição. Ao longo de toda a literatura bíblica vemos a confrontação destas formas antitéticas de pensar e lidar com a liderança. Os comentários de John Maxwell nos fazem entender o que as passagens bíblicas têm a dizer para homens e mulheres que querem aprender. Aprender para liderar.

As 21 leis irrefutáveis da liderança, as 21 características indispensáveis do líder estão lá, em exemplos que vão do rei Acabe ao rei Davi, de Satanás a Jesus Cristo, do filho pródigo ao jovem rico. Tudo para que o líder cristão saiba se colocar no lugar certo: a serviço do povo de Deus.

Um pastor amigo meu diz que na escada da fé, quando lideramos, não subimos um degrau, mas ao contrário, descemos. Liderar, para John Maxwell é isso: descer um degrau e mostrar para os que querem subir que, quanto mais alta a escada, maior a queda.



Bíblia da Liderança Cristã

Texto Bíblico acompanhado de inúmeros comentários de John Maxwell



Recursos:

-Notas e artigos de John C. Maxwell

-Artigos sobre as 21 Leis Irrefutáveis da Liderança

-Artigos sobre as 21 Qualidades Indispensáveis de um Líder

-Centenas de artigos breves e notas sobre liderança

-Introdução aos livros da Bíblia

-Mais de 100 perfis biográficos

-Notas textuais e referências cruzadas

-Completo índice de artigos

-Concordância bíblica e temática

-Quadros, mapas e outros auxílios



Você pode adquirir aqui, no site da SBB
Conheça mais sobre o trabalho de John C. Maxwell no Brasil no Lidere

sábado, 5 de setembro de 2009

Armistice - MuteMath

Tem bandas que, na primeira vez que ouvimos, não nos tocam tão profundamente. Comigo foi assim com U2, Coldplay e, mais atualmente, MuteMath.
Tive a oportunidade de ter contato com os trabalhos deles por meio de uns amigos que disseram que era um som revolucionário, difícil de ser classificado. Pois bem, coloquei no CPU o som do disco de 2006 e esperei acontecer alguma coisa. nada.
Toquei de novo. Nada.
Então, na terceira vez, alguma coisa em Control me tirou da cadeira e comecei a prestar atenção na música deles. O trabalho ficou para depois.
Aliás, uma coisa que se pode dizer do trabalho do MuteMath é que ele não é fácil de se ouvir fazendo qualquer outra coisa. Chama muito a atenção. A bateria, os vocais, letras originais.
Depois pude ver alguns vídeos no YouTube e notei que o trabalho deles é absurdamente performático. O clipe de Typical é louco e divertido, como há algum tempo não via.
Então, a surpresa. Uma música deles no megassucesso de bilheteria Crepúsculo (o filme dos vampirinhos bonitinhos, sabe?). a faixa Spotlight do disco novo: Armistice.
Pois bem... os mesmos amigos me conseguiram o novo disco e eu pude analisar cuidadosamente faixa a faixa e posso dizer que ele amadurece as idéias presentes nos trabalhos anteriores da banda.
O que se nota é um som mais refinado, menos agressivo e mais harmônico, menos caótico e mais alinhado. Mais pop, mas não menos belo por isso.
Não se enganem. A bateria de Darren King continua frenética e onipresente. porém, os vocais e as cordas ganham mais espaço.
Em Armistice se nota uma busca por sons setentistas. Porém, diferente da “onda” que se tem por aí, a idéia não é uma releitura, mas uma recriação, transformação mesmo do som criado. A faixa título, por exemplo, é bastante dançante e tem influência de Soul e Dance músic. Metais sobrando para todos os lados e um desafiador solo de palminhas no início.
Adiante o disco ainda guarda grandes surpresas, como a melancólica Lost Year, onde apresentam seu melhor lado Cold Play e a visceral Burden, que tem um solo de bateria psicodélico (prá variar) do Darren King.
Não dá prá classificar MuteMath como uma banda de rock, pois alia elementos muito mais abrangentes e rotula-los limitaria o alcance que eles têm. Pode-se dizer que é uma banda experimental que trafega tranqüila entre o pop, o rock, o jazz e outros sons, com criatividade e renovação.
Aqui você visita o site deles

Aqui você adquire os produtos (adorei a camiseta do cara de cabeça de bateria!)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O Fim da Memória - Miroslav Volf

“O Fim da Memória” de Miroslav Volf é um livro desafiador, no sentido de que nos faz encarar algo que geralmente preferimos fingir que não existe: nosso passado.
O autor, dono de uma história pessoal profundamente inspiradora, nos conduz pelos calabouços da tortura psicológica sofrida por ele para nos mostrar que é possível, por meio de Jesus, redimir nosso passado, fazendo com que as lembranças não sejam mais carregadas da angústia e da dor que antes carregávamos.
O discurso acadêmico aprofunda aspectos da memória que, em linhas gerais, preferimos fingir que não existem. Questões como a justiça das lembranças que temos, ou a profundidade da verdade incutida nelas são tratadas com segurança e transparência. Volf usa as memórias de violações sofridas por nações para explicar as memórias pessoais de cada um de nós.
Desafiando-nos a entregar a redenção das memórias nas mãos de Jesus, o autor demonstra sua fé de que o homem só se redime se no caminho da redenção estiver a sua memória. Não podemos fingir que nossa história não existe e seguir em frente, displicentemente.
A leitura é densa e prazerosa e não a recomendo aos hipócritas, que preferem fingir que, assim que conhecemos Jesus, vencemos nossos traumas. Volf mostra que nossas feridas ainda estarão abertas enquanto não lidarmos com elas frente a frente. Enfrentar a dor não é tarefa fácil, mas necessária e redentora.
O Fim da Memória
Miroslav Volf
2009 – Editora Mundo Cristão
Adquira aqui

Gente Como a Gente - Max Lucado

Na bíblia, geralmente vemos histórias de grandes vencedores. Homens e mulheres que superam suas dificuldades e surgem como campeões de Deus, representantes do altíssimo na terra, armados da Palavra, de fogo e bondade. Pessoas perfeitas.
Perfeitas?
Davi era mulherengo, Paulo assassinava Cristãos, Pedro era medroso e João temperamental. Judas era ganancioso, Abraão era incrédulo e Sara não levava nada a sério. Jacó suplantava a todos que entravam em seu caminho e Raabe, imaginem, era uma prostituta.
Eram pessoas. Membros da grande família de Deus. Os pobres, cegos e nus dos quais Jesus resolveu se cercar para contar a grande história da humanidade. A história do amor de Deus.
E esta história Max Lucado nos conta de forma bastante interessante no livro “Gente como a gente” (Thomas Nelson, 2009), onde mostra as personagens bíblicas que mais gosta de forma bastante transparente, mostrando como os erros de cada uma delas nos aproxima de Deus.
Diferente de outros autores, Max prefere ressaltar o quanto aqueles que serviram a Jesus erraram em seus caminhos, mas como estes erros os levaram a encontrar em Cristo a resposta para seus questionamentos. Aqueles que eram movidos pelo orgulho, ira, cobiça, prepotência, eram, também, escolhidos por Deus para falar sobre humildade, mansidão, generosidade. Os que perseguiam, tornavam-se perseguidos, os que matavam, foram mortos em Cristo.
Para Max, todas personagens têm histórias, e todas as histórias têm importância. O significado, para Deus, é mostrar que nós podemos, sim, fazer parte de seus planos, mesmo com nossos erros e fraquezas.
Como um bálsamo, as histórias nos trazem alívio. Ver o quanto os homens que ansiamos ser erraram até chegarem a ser quem são nos mostra que é possível para nós alcançar a graça também.
Volto a ressaltar a capacidade de Max Lucado de contar histórias. É como se estivesse falando de um grande amigo, ou de algo que aconteceu com ele. Um livro para sentar na varanda de casa, tomando um chá e se preparando para ser impactado por histórias tão cheias de erros, mas tão profundas e tocantes que poderiam ter acontecido conosco.
Gente como a Gente
Max Lucado
2009 – Editora Thomas Nelson

Sejam todos Bem Vindos!

Olá a todos! Sejam bem vindos! Este é um espaço que usarei para postar resenhas de livros que tenho lido, músicas que tenho ouvido, espetáculos que tenho visto, notícias que tenho acompanhado. Tudo no meio Gospel!

Quero ler seu comentário e saber oq ue você achou da obra! Se tiver sugestões, envie!

Vamos começar a semana com MuteMath e Max Lucado!

E na semana que vem, tem muito mais.


Seja WebAbençoado, em nome de Jesus!


João Thiago

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