sábado, 5 de junho de 2010

Flip aposta na diversidade de culturas para o sucesso da 8ª edição do evento

No embalo da Copa do Mundo, algumas semanas após a final do campeonato, a 8ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) reunirá, entre 4 e 8 de agosto, uma verdadeira seleção das letras na cidade do sul fluminense. Serão 35 autores, de 14 diferentes países, reunidos em 19 mesas literárias e a conferência de abertura. De política e escravidão aos quadrinhos, das fábulas aos thrillers policiais, do ebook e ipad às letras de música, nada escapa à programação 2010 da Flip. Com um orçamento de R$ 6,3 milhões – verba que engloba o programa educativo desenvolvido ao longo de todo o ano -, a Flip promete reunir mais de 20 mil pessoas em Paraty ao longo dos cinco dias de evento.

O público desta edição também será o mais diverso possível. Estarão reunidos, lado a lado, os leitores da chilena Isabel Allende, os jovens, de idade e de alma, fãs do roqueiro Lou Reed e do cartunista Robert Crumb, além de toda a comunidade acadêmica que tem nos historiadores Robert Darnton e Peter Burke os grandes nomes das discussões sobre mídia e o futuro dos livros. Sobre esse processo de transformação em que se encontra também o mercado editorial estará presente no debate o CEO da editora Penguin, John Makinson. “É justamente essa pluralidade que faz da Flip um dos encontros de literatura mais representativos. A riqueza está no encontro dessas vozes diferentes, na mistura que faz toda a diferença”, comenta o diretor de programação, Flávio Moura.

Um diálogo contínuo entre as edições, seja com o retorno de alguns autores ou com o desdobramento de temas a serem abordados nas mesas, também contribui para o sucesso da Flip. Em 2009, Richard Dawkins polemizou Paraty com sua visão cientificista da fé e da religião. Este ano, em resposta às teorias de Dawkins, a Flip traz um dos mais influentes críticos literários contemporâneos, o britânico Terry Eagleton, que irá contra-argumentar o ateísmo pregado pelo cientista.

Presente na 3ª edição, em 2005, o indiano Salman Rushdie volta à Flip para fazer o lançamento mundial de Luka e o fogo da vida (Companhia das Letras). O retorno de Rushdie reforça sua condição de autor-síntese de uma literatura multicultural. E é essa multiculturalidade o grande fio condutor desta Flip. O israelense Abraham B. Yehoshua e a iraniana Azar Nafisi, por exemplo, estarão juntos na Tenda dos Autores para um debate sobre o processo de paz entre árabes e israelenses. A cubana Wendy Guerra, que vive à sombra da ditadura castrista, e a brasileira Carola Saavedra, que escreve em plena democracia, irão partilhar suas experiências ficcionais como forma de se posicionar em relação ao mundo.

Da violência dos regimes políticos aos crimes nas páginas dos livros, a paulista Patricia Melo vai dialogar com a americana Lionel Shriver sobre os suspenses psicológicos e a criminalidade presente nas narrativas contemporâneas. As fábulas contemporâneas, que vão do sertão ao mundo underground paulistano, ficarão a cargo dos brasileiros Reinaldo Moraes, Ronaldo Correia de Brito e Beatriz Bracher. E a relação entre nacional e estrangeiro virá à tona na conversa entre o americano Benjamin Moser, biógrafo de Clarice Lispector, e o tradutor alemão Berthold Zilly.

Outro destaque desta edição da Flip é a programação voltada ao escritor homenageado, o sociólogo Gilberto Freyre. Além da conferência de abertura, com participação do sociólogo e ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e do historiador Luiz Felipe de Alencastro, serão três mesas dedicadas ao autor de Casa Grande & Senzala. Homenagem pensada pelo diretor de programação da Flip, Flávio Moura, em parceria com a historiadora Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, que vai participar de um dos debates, reúne grandes estudiosos de Freyre. Edson Nery da Fonseca, Moacyr Scliar e Ricardo Benzaquen de Araújo irão discutir as grandes obras do sociólogo, na companhia de Berthold Zilly, que volta à tenda para dar seu olhar estrangeiro aos trabalhos de Freyre.

A contemporaneidade da obra de Freyre será o tema da mesa do sociólogo José de Souza Martins, do historiador Peter Burke e do antropólogo Hermano Vianna. As obras menos conhecidas de Freyre serão exploradas, com mediação da antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, pelos estudiosos Maria Lucia Burke, Alberto da Costa e Silva e Angela Alonso. Para completar a homenagem, o show de abertura será todo dedicado e inspirado nas obras de Freyre. Com direção artística de Arthur Nestrovski, o Quarteto de Cordas da Academia Osesp e Edu Lobo farão um show único, especialmente produzido para a Flip.

Itaú: patrocinador oficial da Flip 2010

O Itaú Unibanco reconhece no apoio a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) uma excelente oportunidade de exercer seu compromisso institucional e histórico de promoção de ações culturais na linha de valorizar tudo que o Brasil tem de melhor.

Não é de hoje que o Itaú Unibanco entende a preservação e o acesso à cultura nacional como alicerces para o desenvolvimento de uma sociedade crítica e independente. Em seus oitenta anos, o Itaú Unibanco cresceu e se consolidou a partir de objetivos empresariais precisos e firmes princípios éticos, apostando em ações que possam contribuir para progresso e o bem-estar da sociedade.

Para desenvolver este papel, o Itaú Unibanco busca difundir cada vez mais os aspectos nos quais o país se destaca e é referência. Nesse contexto, foi criado o projeto ItauBrasil, que em 2008 celebrou os 50 anos da Bossa Nova, e em 2009 se expandiu e abarcou a celebração dos 50 anos de carreira de Roberto Carlos além de outros projetos e festas populares em todo o Brasil, com o propósito de valorizar as iniciativas das comunidades onde atua e incentivar o desenvolvimento social e cultural dessas localidades, como o Carnaval de Salvador, a Festa do Círio de Nazaré, em Belém, a festa de Nossa Senhora dos Navegantes, no Rio Grande do Sul, o Carnaval de Rua do Rio de Janeiro, Réveillon na Paulista, Festival de Teatro de Curitiba, Festival de Dança de Joinville e a Seleção Brasileira de Futebol.


Programação Principal Flip 2010   

4 quarta

19h       abertura
Casa-grande e Senzala: um livro perene
Fernando Henrique Cardoso
debatedor
Luiz Felipe de Alencastro

Na mesa que abre a Flip 2010, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, autor do prefácio da edição mais recente de Casa-grande & senzala e um dos principais intérpretes de Gilberto Freyre no Brasil, fala sobre as contradições que estão na origem dessa obra seminal do pensamento brasileiro. A seu lado, o historiador Luiz Felipe de Alencastro, um dos maiores conhecedores da escravidão no Brasil, comenta a palestra com ênfase na figura do negro, tal como abordada no clássico de Freyre.

21h30
Show de abertura
Edu Lobo
Renata Rosa
Com Marcelo Jeneci e
Quarteto de cordas da
Academia da Osesp
direção artística:
Arthur Nestrovski

5 quinta

10h       mesa 1
Ao correr da pena
Edson Nery da Fonseca
Berthold Zilly
Moacyr Scliar
Ricardo Benzaquen
Mediação: Ángel Gurría-Quintana

“A escrita é meu veículo. Vaidosamente ou não, considero-me um escritor literário, com uma forma literária de expressão”, declarou Freyre certa vez. Parte significativa da crítica concorda: há consenso de que não há pensador
social no Brasil que seja páreo para Freyre no quesito qualidade da escrita. Para analisar esse aspecto decisivo de sua obra, o ficcionista Scliar, o crítico literário Edson Nery, o tradutor Zilly e o historiador Benzaquen se juntam em Paraty.

12h       mesa 2
De frente pro crime
Patrícia Melo
Lionel Shriver

Lionel Shriver correu o mundo com seu Precisamos falar sobre o Kevin, romance de investigação psicológica sobre uma família que tenta compreender as motivações de um filho genocida. Na prosa contemporânea brasileira, poucos autores dominam o suspense psicológico como Patrícia Melo. Sobre este e outros pontos em comuns deve girar a conversa das duas em Paraty.

15h       mesa 3
Fábulas contemporâneas
Reinaldo Moraes
Ronaldo Correia de Brito
Beatriz Bracher
Mediação: Cristiane Costa

Moraes fala do universo underground paulistano e da rotina de abusos, drogas e álcool de personagens desregrados. Brito cria um sertão mítico com ecos de parábolas bíblicas. Bracher brinca com o idioma e escreve contos intimistas. O que aproxima três vozes tão distintas? O fato de figurarem entre as mais densas e originais da literatura brasileira. Isso basta para justificar a conversa que travam em Paraty.

17h15   mesa 4
Veias abertas
Isabel Allende
Mediação: Humberto Werneck

Isabel Allende é um sucesso estrondoso de público. Desde A casa dos espíritos, de 1982, foram mais de 56 milhões de livros vendidos em trinta idiomas. Ao lado de Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa e Carlos Fuentes, é um dos nomes mais bem-sucedidos da literatura latino-americana e um ícone do “realismo mágico”, que tanto marcou a prosa criada no continente desde os anos 1970. É sobre essa trajetória singular que ela conversa com o jornalista e veterano da Flip Humberto Werneck.

19h30   mesa 5
O livro: capítulo 1
Peter Burke
Robert Darnton
Mediação: Lilia Schwarcz

“O segundo livro publicado na imprensa de Gutenberg era sobre a morte do mercado editorial”, diz uma piada corrente no meio literário. Na primeira das duas mesas dedicadas ao destino do livro este ano em Paraty, dois dos mais respeitados historiadores da atualidade, ambos especialistas em história da leitura e da mídia, mostram como essa discussão remonta aos primórdios da era moderna e está longe de se resumir a Ipads, Kindles e outras novidades tecnológicas. 

6 sexta

10h       mesa 6
O livro: capítulo 2
Robert Darnton
John Makinson
Mediação: Cristiane Costa

Nenhum autor contemporâneo foi tão fundo no estudo sobre o futuro do livro quanto o historiador Robert Darnton. Diretor da biblioteca de Harvard, ele acompanhou de perto as negociações com o Google para a digitalização de todo o acervo da universidade e registrou as implicações da proposta numa série de artigos recém-lançados em livro no Brasil. John Makinson é o CEO da editora Penguin e está na vanguarda do processo de transformação por que passa o mercado editorial em todo o mundo. Os destinos da palavra escrita são o ponto de partida da conversa de que participam em Paraty.

12h       mesa 7
Além da Casa-grande
Alberto Costa e Silva
Maria Lúcia Pallares-Burke
Ângela Alonso
Mediação: Lilia Schwarcz

Apesar de muito vasta, a obra de Gilberto Freyre costuma ser lembrada apenas por Casa-grande & senzala e Sobrados e mucambos. A proposta desta mesa é examinar a obra de Gilberto Freyre para além de seus livros mais famosos. Nordeste será o tema do africanista Alberto Costa e Silva. A
historiadora Maria Lúcia Pallares-Burke fala sobre Ingleses no Brasil. E a socióloga Ângela Alonso discorre sobre Ordem e progresso.

15h       mesa 8
Chá pós-colonial
William Boyd
Pauline Melville
Mediação: Ángel Gurría-Quintana

Tanto William Boyd como Pauline Melville são associados a um tipo de literatura que se convencionou chamar “pós-colonial”. O rótulo é vasto e decerto não exprime com precisão a particularidade do trabalho dos escritores a ele associados. Mas vale para autores que examinam, por meio da ficção, o destino de países que foram colônias num passado próximo o suficiente para que as cicatrizes da exploração ainda se façam notar. É o caso dos dois, que encontram nesse tema um ponto de partida para a conversa que travam em Paraty.

17h15   mesa 9
Promessas de um velho mundo
A.B. Yehoshua
Azar Nafisi
Mediação: Moacyr Scliar

Yehoshua é um dos grandes nomes da prosa de Israel, ao lado de Amós Oz e David Grossman. Como os colegas, é voz ativa no debate sobre o processo de paz no Oriente Médio. Azar Nafisi é o grande nome da literatura iraniana, país cujo regime teocrático critica de forma feroz em seu trabalho. Nesta mesa, os autores  dão testemunho sobre o papel da literatura como caminho para um diálogo entre as culturas em conflito.


19h30   mesa 10
Em nome do filho
Salman Rushdie

A obra mais recente de Salman Rushdie, Luka e o fogo da vida, terá lançamento mundial durante a Flip. Mas a conversa não se restringe ao assunto do livro, uma fábula para jovens da mesma linhagem de seu celebrado Haroun e o mar de histórias (1998). A ocasião também serve para Rushdie falar de sua condição de autor-síntese da literatura multicultural e de sua visão sobre temas políticos contemporâneos, dos quais se tornou parte ao se ver condenado à morte pelo regime iraniano, em 1989.

7 sábado

10h       mesa 11
Andar com fé
Terry Eagleton

Além de um dos mais influentes críticos literários em atividade, o britânico Terry Eagleton é autor de um livro recente que polemiza com Richard Dawkins, convidado da Flip de 2009. Eagleton argumenta que o ateísmo pregado por cientistas como Dawkins se baseia numa concepção simplista e equivocada de religião. A obra gerou grande polêmica, e é sobre ela que Eagleton fala em Paraty.

12h       mesa 12
Albany, Nova York e outras aldeias
Colum McCann
William Kennedy
Mediação: Ángel Gurría-Quintana

O irlandês Colum McCann ganhou o National Book Award por seu último livro, um painel da comunidade imigrante irlandesa em Nova York nos anos 1970. Nos sete livros de seu “ciclo de Albany”, o americano William Kennedy faz da pequena cidade um microcosmo da sociedade norte-americana. Nos dois casos, a cidade se apresenta como personagem central e suscita a questão que deve nortear a conversa dos dois em Paraty: falar da própria aldeia é de fato o caminho mais curto para ser universal? 

15h       mesa 13
Tabacaria
Antonio Tabucchi
Mediação: Samuel Titan Jr.

Antonio Tabucchi é mais que um dos principais nomes da literatura italiana. É também um grande conhecedor da obra de Fernando Pessoa, que figura como personagem em boa parte de seus livros. A essas duas facetas soma-se a de intelectual público: Tabucchi é perseguido pelo governo italiano por ter cobrado explicações do presidente do Senado, apoiador de Silvio Berlusconi, sobre suas relações com grupos mafiosos. Nessa conversa em Paraty, ele fala sobre todos esses lados de sua prolífica carreira.

17h15   mesa 14
A origem do universo
Robert Crumb
Gilbert Shelton
Mediação: Angeli

Mesmo com diversos nomes estelares da literatura mundial no currículo, a Flip raras vezes pôde trazer aos palcos de Paraty uma lenda viva. Esta mesa é uma dessas vezes: num evento para entrar nos anais da cultura brasileira, o mais influente artista de quadrinhos de todos os tempos e ícone da contracultura passa em revista sua carreira, com destaque para o último trabalho: uma versão em quadrinhos do Gênesis. A seu lado, o não menos carismático Gilbert Shelton, que forma com ele a dupla perfeita para falar da história dos quadrinhos contemporâneos e do underground americano.

19h30   mesa 15
O som e o sentido
Lou Reed
Mediação: Arthur Dapieve

Lou Reed já se definiu, não sem autoironia, como o “Dostoievski do rock”. Membro de uma linhagem de compositores populares da América do Norte fortemente influenciados pela literatura, tais como Leonard Cohen e Bob Dylan, Reed fala nessa entrevista sobre os limites entre arte e contestação, letra e poesia, alta cultura e rock’n’roll.

8 domingo

9h30    
mesa Zé Kléber

11h45   mesa 16
Gilberto Freyre e o século 21
José de Souza Martins
Peter Burke
Hermano Vianna

Na mesa que encerra a homenagem a Gilberto Freyre, três de seus maiores intérpretes analisam a atualidade da obra do sociólogo. Herdeiro da tradição uspiana, José de Souza Martins explica por que Freyre tornou-se um clássico incontornável. Um dos maiores praticantes da história das mentalidades no mundo, Burke analisa o pioneirismo de Freyre nesse segmento. E o antropólogo Hermano Vianna discute a questão da miscigenação e da identidade nacional na obra do autor pernambucano.

14h30   mesa 17
Cartas, diários e outras subversões
Wendy Guerra
Carola Saavedra
Mediação: João Paulo Cuenca

A cubana Wendy Guerra faz dos diários uma ferramenta ficcional importante para dar conta de sua experiência e das contradições que marcam a história política de seu país. Carola Saavedra valeu-se de cartas para compor alguns de seus livros, que fizeram dela uma grata surpresa da literatura brasileira nos últimos anos. A diferença é que Carola escreve numa democracia onde a liberdade de expressão é respeitada; os livros de Wendy, nunca é demais lembrar, estão proibidos de circular pela ditadura cubana.

16h30   mesa 18
Nacional, estrangeiro
Benjamin Moser
Berthold Zilly

Tanto para o americano Benjamin Moser, biógrafo de Clarice Lispector, como para o tradutor alemão Berthold Zilly, o Brasil é uma referência decisiva. Ambos se aproximaram da cultura brasileira de forma casual, mas se transformaram em grandes intérpretes da literatura produzida no Brasil. A visão desses dois autores é uma síntese do papel ambíguo ocupado pela literatura brasileira no exterior, tema dessa conversa de que participam em Paraty.

18h15   mesa 19
Livro de cabeceira
Convidados da Flip
lêem trechos de seus
livros prediletos

Convidados

Abraham B. Yehoshua
Israel, 1936

Alberto da Costa e Silva
Brasil, 1931

Angela Alonso
Brasil, 1969

Antonio Tabucchi
Itália, 1943

Azar Nafisi
Irã / Estados Unidos, 1946

Beatriz Bracher
Brasil, 1961

Benjamin Moser
Estados Unidos, 1976

Berthold Zilly
Alemanha,1945

Carola Saavedra
Chile,1973

Colum McCann
Irlanda, 1965
Edson Nery da Fonseca
Brasil, 1921

Fernando Henrique Cardoso
Brasil,1931

Gilbert Shelton
Estados Unidos, 1940

Hermano Vianna
Brasil, 1960

Isabel Allende
Peru, 1942

John Makinson
Inglaterra, 1955

José de Souza Martins
Brasil, 1938
Lionel Shriver
Brasil, 1957

Lou Reed
Estados Unidos , 1942

Luiz Felipe de Alencastro
Brasil, 1946

Maria Lucia P. Burke
Brasil, 1946

Moacyr Scliar
Brasil, 1937

Patrícia Melo
Brasil, 1962

Pauline Melville
Guiana / Inglaterra, 1948

Peter Burke
Londres, 1937

Reinaldo Moraes
Brasil, 1950

Ricardo Benzaquen
Brasil, 1952

Robert Crumb
Estados Unidos, 1943

Robert Darnton
Estados Unidos, 1939

Ronaldo Correia de Brito
Brasil, 1950

Salman Rushdie
Índia / Inglaterra, 1947

Terry Eagleton
Inglaterra, 1943

Wendy Guerra
Cuba, 1970

William Boyd
Gana / Inglaterra, 1952

William Kennedy
Estados Unidos, 1928

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