domingo, 21 de fevereiro de 2010

Amor

Ouvimos falar do amor em músicas, poemas, novelas, histórias de amigos. Vivemos o amor todos os dias, com nossos cônjuges, pais, mães, irmãos, filhos, amigos, namoradas. O amor faz parte de nossa humanidade, e exerce-lo é parte intrínseca de cada um de nós.

Porém, não exercemos o amor em sua plenitude. Nos permitimos viver o amor pela metade, nos contentando com um pouco dele, quando podemos te-lo profundamente habitando em nós. E não apenas o amor entre homem e mulher, mas todas as formas de amor.

Leo Buscaglia é um professor de origem italiana nos Estados Unidos e, nos anos 60, teve uma idéia bastante interessante: ele queria criar uma aula que falasse sobre o amor. Chamou a classe simplesmente “Amor”. ele queria discutir academicamente o assunto mais importante de toda a existência da humanidade, algo que, até então, não era feito.

Se pararmos para pensar, é verdade. Pouco se discute o amor, um assunto realmente importante na vida de todo ser humano. Não falamos sobre isso, não chegamos a conclusões quaisquer que sejam sobre o poder de amar e sermos amados.

A aula de Leo fez tanto sucesso que ele a transformou em livro. “Amor” (Editora Nova Era, 27a Edição - 2009) fala sobre nossos anseios e medos. Fala sobre as dúvidas que carregamos em nossas vidas e que pouco discutimos.

O texto é fluído, sofrendo, apenas, pela fraca tradução da editora, que, parece, não o revisou. Porém, apesar de prejudicada por este aspecto, a história é agradável e leve, não trazendo aspectos técnicos que se discutiria em uma sala de aula. Leo traz para a gente o amor como exercício diário, desafiando-nos a vive-lo sem medidas, ainda que a recíproca por parte do mundo não seja verdadeira.

O fato é que o desafio de amar é a grande aventura da vida. Atrever-se a fazer isso é correr o risco de ser feliz, e, sinceramente, nem todos estão preparados para isso, ainda que isso seja o melhor no final.

O ser humano é triste. Isto está em sua essência, sua natureza é miserável. Seus dias são contados, ele vive doente, buscando ganhar mais, sempre na expectativa, sempre insatisfeito.

Tal estado de insatisfação é a zona de conforto em que vivemos todos os dias. Sair daí não é para qualquer um, mas é necessário para todos. Faz crescer e entender que uma série de coisas não são, na realidade, importantes.

Aliás, o que é importante, na verdade? Leo nos mostra: amar sem medidas, erguendo um brinde à vida e à satisfação de viver! Interessante que o autor tenha morrido 12 anos atrás no dia dos namorados (12 de Junho de 2008). Para que se pudesse comemorar o amor no céu, chamaram o melhor professor.



Deixo, abaixo, uma frase de outro livro deste mesmo autor. “Vivendo, Amando e Aprendendo”

“Os riscos têm que ser corridos, pois o maior risco na vida é não arriscar nada. a pessoa que não arrisca nada não faz nada, não tem nada, não é nada e não se torna coisa alguma. Pode evitar o sofrimento e a tristeza, mas não pdoe aprender, sentir, modificar-se, crescer, amar e viver. Acorrentado por suas certezas é um escravo, privado do direito de sua liberdade. Somente a pessoa que arrisca é verdadeiramente livre”





“Amor”

Leo Buscaglia

Editora Nova Era (grupo Record)

27a Edição (2009)

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